domingo, 19 de dezembro de 2010

A pessoa errada

Pensando bem
Em tudo o que a gente vê, vivencia, ouve e pensa...
Não existe uma pessoa certa pra gente.

Existe uma pessoa que se você for parar pra pensar
É, na verdade, a pessoa errada.

Porque a pessoa certa faz tudo certinho,
Chega na hora certa, fala as coisas certas, faz as coisas certas.
Mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas.

Aí é a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça
Fazer loucuras, perder a hora, morrer de amor.

A pessoa errada vai ficar alguns dias sem te procurar
Que é pra na hora que vocês se encontrarem
A entrega ser muito mais verdadeira.

A pessoa errada é, na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa
Essa pessoa vai te fazer chorar
Mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas

Essa pessoa vai tirar seu sono
Mas vai te dar em troca uma noite de amor inesquecível

Essa pessoa talvez te magoe
E depois te enche de mimos fazendo vocês esquecerem o que passou

Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado
Mas vai estar 100% dentro do seu coração
E também vai estar o tempo todo pensando em você.

Todo mundo um dia tem que ter uma pessoa errada
Porque a vida não é certa. Nada aqui é certo.

O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo
Amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando,
agindo,querendo,conseguindo

E só assim é possível chegar àquele momento do dia
Em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo"

Quando na verdade tudo o que ele quer
É que a gente encontre a pessoa errada
Pra que as coisas comecem realmente a funcionar direito pra gente...

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Vai, mais... volta

Os ventos que te levam para longe de mim
Serão os mesmo ventos que te trarão de volta
E enquanto estamos separados, vou dividir com você
O fogo do meu coração, para lhe esquentar quando estiver longe
Vou lhe dar um pouco da terra em que piso
Porque ela é firme e sei que vai te segurar,
Vou te dar a água que bebo
Porque ela vai te fortalecer e refrescar,
Limpar seu rosto depois de chorar,
E te darei a metade da minha energia,
Para ela te trazer de volta quando a saudade apertar.
E assim que os ventos te trazerem de volta,
Nossa amizade vai estar mais forte,
Porque ela vai ter superado,
A dor da saudade!!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Mecanizado

Triste, chato e sem vida...
Vazio, Neblina-do e cinza...
Frio, Solitário e escuro...
É assim que minha vida ficou...
Não tem calor e nem sabor,
Tudo se torna tão rotineiro,
Mecanizado, pré-estabelecido,,
Tudo tão robotizado....será que é isso?
Larguei o fardo de ser um ser humano e...
Me tornei um robótico? um Cyber Humano?
Sem vida...
Sem calor...
Sem sentimento...
Sem emoção...
FALSO!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Desejos

Desejo é algo que pode confundir muito a mente das pessoas, você pode querer  tanto uma pessoa e confuindir isso com amor, você pode desejar tanto uma coisas e dizer que nao viveria mais sem aquilo ou entao simplesmente você pode desejar algo e quando tiver, não ser o que você deseja...
CaelKan estava nesta encruzilhada do desejo, ele sabia que desejava algo mais não sabia o que ele desejava, ele quer alguem, mais não sabe quem, ele deseja ser amado, mais nao sabe como é o amor ou como é ser amado, deseja que as pessoas parem de lhe criticar, mais não sabe o que elas fariam sem essas criticas. E o pior de tudo ele sabe quem tem três pessoas que sabe que supririam todos os seus desejos, mais não sabe como chegar nelas. 
É uma contradição você saber o que quer e não saber o que fazer para ter, saber que essas pessoas poderiam mudar totalmente o mundo em que vive, e não precisa ser todas elas, somente uma delas é necessario para fazer tudo isso e ela jamais ver que tem esse poder. CaelKan estava simplesmente perdido em seus desejos e nao sabe o que fazer para proseguir entao ele está estagnado novamente na monocromia perante a diversidade das cores.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Um brinde



Musica alta, pessoas conversando, petistos, dança, garçons andando de um lado para o outro legando bandejas repletas de coisas, mais o que mais carregam em todos os momentos sao bebidas, mais porque sempre bebidas? O que o alcool tem demais? Porque é tao queridos entre as pessoas? Te deixa desinibido, te deixa menos preocupado e mains inconseguente, oras bebendo você tem a quem culpar não? Quantas milhares de vezes já escutei alguem dizer que só fez tal coisa porque tinha bebido demais? Ou que disse aquilo mais nao pode ser responsabilizado por isso porque estava bebado.

CaelKan não entendia, estava sentado no canto do bar só vendo as pessoas, beberem, gritarem e verem sua inibiçao sumir com o tempo, vendo gente cair no chão, passando mal de tanto beber. E em sua frente havia uma taça, um liquido vermelho escuro parecendo sangue e com um suave cheiro emandando de dentro, ele o olhava fixamente o encarava como se fosse seu pior inimigo, olhava as pessoas ao seu redor fazendo loucuras e queria provas daquela sensaçao, mais nao tinha coragem de dar o primeiro gole, de perder o controle, para um bruxo o controle é tudo que ele necessita.

A bebida seria um inimigo ou somente uma ferramente para lhe tornar capaz de fazer coisas que ano faria cazualmente? CaelKan estava a pensar e olhar profundamente o seu inimigo entao num ato de coragem virou sua taça, sentil o amargo do alcool descer-lhe a garganta e o doce da uva suavisar seu paladar, de primeira nao viu nada mudar, nada se alterou, ele continuara o mesmo, pedira outra traça, e depois mais uma e outra e foi bebendo uma atras da outra, era era a sexta taça quando começou a conversar com as pessoas do bar, ouvira muitas historias tristes, de amores perdidos, oportunidades desperdiçadas e vidas estragadas por causa de algo que elas nao poderiam controlar. Foi quando ele começou a ver a bebida de outra forma, ele levantara jogara na mesa o dinheiro das bebidas e saiara pela porta. Caminhando no meio da escuridao olhando para a Lua ele conseguiu ver que a bebida não é algo que era usada para a diverssao, ela é usada para fazer as pessoas esquecerem de grandes dores, usam ela como uma liberdade de seus sofrimentos, es uma pena que muitos não sabem viver desta forma.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Motivos


CaelKan andava pelas ruas de um pequena cidade no escuro da noite, via luzes acesas , pessoas conversando em bares, musica, dança e bebidas. Via que tudo estava fluindo sem nenhum controle, tudo funcionava como tinha que funcionar mais....sera que tem algum motivo? CaelKan se pegou pensando nisso, será que tem motivos para as pessoas fazerem o que elas fazem? Ou serem o que elas são?

Andando e pensando no assunto ele  começo a parar de ver por onde andava, cada vez mais ocncentrado nas respostas, nem se quer notou por onde andava, via que os predios começaram a sumiu e dar lugar as arvores, o calçado de pedra tinha virado um caminho estreiro de barro, as lamparinas que iluminavam a cidade sumira, agora só era possivel ver até aonde o brilho da lua permitia. O medo começava a brotar em seu peito até ele avistar uma clareira. Uma lugar totalmente projetado, uma área em forma de circulo com o piso de  pedra bruta e no centro uma bacia de pedra com água. CaelKan se aproximara receoso da bacia, quando ele conseguiu ver seu reflexo na água ele ouviu a voz de uma menina, olhara para os lados mais nao via ninguem, mais a voz nao parava de falar.

-Você possuiu muitas duvidas – disse a voz – Você procura por muitos motivos! Seus pensamentos conturbados e suas respostas vazias fazem essa água a sua frente ser somente água, quando ela é muito mais, e te faz ser cego para as coisas ao seu redor, você pode me escutar mais ainda não sabe se é loucura ou realidade, não sabe no que acreditar.

CaelKan surpreso, predido e confuso, não entendia como assim ele nao via, e o que mais seria aquela áqua dentro da bacia.

-Não pense nos motivos, simplesmente aceiteos, saiba quais são mais nunca os critique, porque os motivos são algos demasiadamente superficiais, cada pessoa tem um motivo parada cada assunto de sua vida, e elas sempre tomam as suas dores e seus motivos como os mais fortes.

- Os motivos não podem ser multiplos! – retruco CaelKan – Os motivos tem que fazer sentido para todas as pessoas, ele tem que ter o poder de convencimento.

- Não CaelKan, os motivos não são leis divinas, eles podem ser falhos e você pode simplesmente nao acreditar neles, ou nao entender, como aconteces agora, mais se você simplesmente parar de se questionar podera ver as coisas em sua forma verdadeira, podera entender e assim não precisara mais criticar e sim dialogar. Pare de pensar no porque você esta escutando uma voz, e simplesmente acredite que essa voz é real, pare de ser cego! ACREDITE!! Veja a verdade!

CaelKan confuso, simplesmente parou de pensar, limpou sua mente e olhou para a água, concentrado e livre de confussoes em sua mente ele pode ver a jovem.Um ser magico, um rosto angelical. Só que era um reflexo na água, ele nã poderia acreditar no como ou porque isso era possivel, mais assim que pensou nisso a imagem foi sumindo e uma unica voz veio em sua mente dizendo....

-Pare de questinar tudo simplesmente acredite! Isso pode mudar sua forma de ver o mundo!

Discussão entre elementos


Em outro mundo, que não chega a ser outro mundo só uma forma diferente de ver este mundo mesmo, quando as pessoas simplesmente param para olhar e não ignoram o que está bem ao lado delas, começara uma discussao. Os cinco elementais estao discutindo qual deles é o mais forte, a Salamandra ( fogo ) se pronciava a mais poderosa porque era capaz de fazer a terra esquentar, a água evaporar, o ar sumir e capaz de consumir a vida.

- És o fogo o elemento mais poderoso, sou capaz de dominar todos você só com a força de meu poder.

As fadas ( ar ) sempre doces e simpáticas, que faciam todos suspirarem com sua beleza não concordava com a salamandra.

- Fogo és tolo em pensar que vós seis o elemento mais forte, pois seu poder não existe sem minha presença, se eu for embora você simplesmente apaga. Eu sou a mais forte, posso apagar o fogo, soprar a água e perfurar a terra!.

A salamandra tento reagir mais não tinha como discutir com a questão levantada pelas fadas. As sereias ( água ) estavam rindo baixinho em seu lugar no circulo.

- Do que estás a rir sereias? – disse a salamandra um tom de raiva. – Posso não vencer as fadas, mais de você ganho com facilidade!

Neste momento os gnomos ( terra ) entraram desafiando a salamadra.

- Logo tu salamandra! Porque diz que és mais forte que as sereias se com um simples abraço elas tem apagam? Vós só estais brava por sair a voar pelos seus vulcoes e na hora que beija as sereias és apagado.

As sereias riam alto quando os gnomos calaram a voz quente do fogo.

- É fogo, você só estas com raiva por não poder me acariciar como os gnomos fazem! E nem me movimentar como o vento é capaz!

- Não tire vantagem tão cedo sereias! – os gnomos proceguiram- Vós tambem não sai bem deste encontro, você és evaporada, separada do meio em que vive!

As sereias o olharam bravas:

- Posso não ser a mais forte, mais com certeza sou a mais amada! As fadas me balançam e me levam para passear nas nuvens, e vós gnomo sempre com este ar de duram amolece quando encontra os meus braços.

As fadas rapidamente entraram de novo na discussao.

- Então todos concordam que sou a mais forte entre todos os cinco elementos!

O gnomos que nunca gostaram de ficar por baixo se pronunciaram de uma forma ironica.

- Mais forte?! Deve ser o mais insistente, isso sim, você leva seculos para fazer algum caminho entre meus dominios! Não diga blasfemias! Eu sou o mais forte entre nós!

A discussao já estava feia, todos começaram a gritar e ninguem escutava mais ninguem, depois de um longo tempo viram que o bebê ( luz / vida ) não se pronunciou em nenhum momento desta conversa.

As fadas viram ele calado choram e logo foram perguntar o que havia acontecido.

- Bebês porque choras?

- Não entendo porque vocês discutem tanto em quem tem mais força, todos precisam de todos para poder assim formar alguma força, a Salamandra necescita das fadas para poder queimar, as fadas dos gnomos para porem passear, os gnomos das serias para nao ressecar e as sereias dos gnomos para nao se esparramar.

Todos param para pensar mais logo a salamandra viu que faltava um.

-  E vós bebês de quem precisas para poder viver?

- Eu? Eu necessito de todos vocês juntos para poder viver, precisos dos gnomos para me sustentar, das fadas para me dar o ar que respiro, da salamandra para me aquecer e das sereias para nao deixar meu corpo ressecar.

- Então vós és o mais forte, porque consegue unir todos nós dentro de você! -Disse as fadas.

O bebê a olhava triste e uma lágrima percorreu seu rosto.

- Não, Não sou o mais forte, e nem quero ser... a unica coisa que queria era poder viver tranquilamente com todos vocês meus amigos, mais nem sempre posso fazer isso, os humanos perderam o valor da vida e muitos me matam antes mesmo de me deixarem nascer.

Quando disse isso sua luz apagou. Os elementais choravam em ver que sua vida tinha acabado e assim cada luz foi sumindo e juntos completaram a frase antes de desaparecer.

“Sem a Uniao, Todos Morremos!”

Labirinto de Pensamentos

CaelKan perdido dentre de suas proprios pensamentos se encontra em um dilema, ele estás parado atras de uma simples porta, sem nada de grandioso, essas que as pessoas costumam passar e nem notar de tão insignificante que ela é, mais ele se encontra lá parado com a mão na maçaneta. Está com duvida se deve abrir a maçaneta e com temor do que pode encontrar do outro lado.Mas ele vence tudo isso abre a porta lentamente olhando para ver oque ele encontra e dá um grande passo para dentro da próxima sala: Nesta sala ele se senti vivo!! Sente calor, euforia e entusiamos por enfrentar a porta e superar, mais isso tem um preço, dentro desta nova sala ele contra inúmeras outras portas, todas iguais a que ele acabou de enfrentar, mais desta vez mais confiante ele vai superando cada uma e sente a mesma coisa em cada porta aberta, curte a sensaçao mil e uma vezes!

Até que a sensaçao vai diminuindo, se tornando normal, rotineiro. Quando ele finalmente encontra a ultima porta ele vê uma jovem sentada de costas pare ele, assim que ele abre a porta e ela sente sua presença, começa a dizer.



- O grande segredo é saber quando e qual porta deve ser aberta.
A vida não é rigorosa, ela propicia erros e acertos.
Os erros podem ser transformados em acertos quando com eles se aprende. Não existe a segurança do acerto eterno. A vida é generosa, a cada sala que se vive, descobre-se tantas outras portas. E a vida enriquece quem se arrisca a abrir novas portas. E em todas as salas você só abriu as porta que você já conhecia e nem se quer viu as outras portas.



CaelKan olhara para fora da sala e realmente atras de cada porta que ele entrava tinha outras portas cada uma diferente da outra, e ele siquer notou isso.Quando olhou para frente novamente viu a jovem se levantando e vindo em sua direçao.



- É a repetição perante a criação, é a monotonia monocromática perante a multiplicidade das cores, é a estagnação da vida... Para a vida, as portas
não são obstáculos, mas diferentes passagens! Nao encare uma porta como algo que atrapalhe seu caminho, ela é somente uma passagem para novas experiencias!



Ela chegou perto dele e lhe deu um beijo, andou em direçao a porta e a fechou, a porta desapareceu. Caelkan nao entendia, ao se virar para passar pela proxima porta, viu que ela nao era uma porta, agora era uma janela, se aproximou lentamente pousou as mão sobre ela e esitou em abrir. Rapidamente lembrou do que a jovem lhe disse “Para a vida, as portas
não são obstáculos, mas diferentes passagens!” Entao ele levantou rapidamente a janela e atravesou! Estava ancioso para ver quais as cores que haviam na outra sala e como sua vida iria se locomover para nao estagnar desta vez.

El peor enemigo




Hace tanto frío en este agujero. Estoy tan cansado y agotado por completo. Y mi enemigo sabe exactamente como me siento. Después de todo, él debe de sentirse igual. Hace días que robamos por el barro. Las balas vuelan sobre nuestras cabezas, las granadas explotan. El retumbar de la artillería es ensordecedor, cuando ese monstruo metálico empieza a moverse junto a mí…suena como el Apocalipsis…¡Dios mío!, ahora me gustaría estar con mi familia, cada día me pregunto si alguna vez volveré a verlos. ¿Tendré un hogar, cuando esto acabe? concentrate. No pienses demasiado. Si ahora piensas demasiado, estás muerto…Oh, Dios….¡Ya vienen! Casi no me queda munición. ¡Son tantos! ¡¡¡Están cada vez más cerca!!! estos monstruos que están a mi alrededor, quieren acaabar con mi vida, algo que respeto mucho, ¡monstruos maliguinos! No tendrá de mí la única cosa que tengo que sagrada! No voy a permitir que se roban mis emociones y mis sentimientos!


¡Maliguinhos monstruos van a salir de este lugar! ¡ El poder de amar a alguien es mío y nunca se puede tener de mí!



Puedo amar, porque soy humano, y tu no eres nada! Sólo és la irracionalidad, que lucho para no possuir mi pesona.

Sensualidade Juvenil


“No corpo da mulher contém beleza e sensualidade de uma escultura feita com todo cuidado pelas mãos Da Deusa, sua imagem que desperta a cobiça dos homens!”
 No circulo entre seus amigos covensando e se divertindo, totalmente destraido e despreparado para o que iria lhe acontecer. Do outro lado a mais bela das criaturas que existe na terra, uma mulher, Olhos negros, cabelos escuros, pele bronzeada, trajando uma vestido leve, fino e branco, a mistura entre o tom de sua pela e a cor de seu vestido lhe dava um ar mistico, um ar de sonho. Ele a olha como se nao tivese como olhar para outro lado, seu olhos estavam encantados com a beleza da jovem moça.
 A jovem estava a dançar, movimentos lentos e longos, cheios de graça de sedução. Por uma fraça de segundo os seus olhos se encontraram com o do jovem que lhe observava, olhos sedutores o começara a visalo, olhando ele profundamente, CaelKan hipnotizado pelo olhar dá jovem começara a caminhar em sua direçao, passos lentos e firmes, sem desviar o olhar, seus olhos sempre fixos nos olhos dela,ela ainda dançava sensualmente o provocando, o instigando, lhe desejando.

Ao ficar de frente para ela, parece que tudo havia sumindo, a musica tocando, as pessoas em volta, eram só os dois na troca de olhar, proximidade, respirançao ofegante, incerteza, coraçao acelerado, que sentimento louco que mexe com todos os lados da mente humana. Os dois quando voltaram a sí começaram a dançar, olhos nos olhos, a mão de CaelKan encostando em sua cintura levemente, um pouco hesitante, a distancia entre os dois que ja era curta foi diminuindo depois que os braços dela envolveram seu pescoço, a distancia entre os labios dos dois era minima, o desejo fluindo pela pele dos dois nao resistiram a distancia e seus labios se encontraram. Um beijo a mistura entre liberdade da tensao dos corpos e o prazer de sentir o calor do toque de outro labio em sua boca. Perdidos no momento do beijo nao viram o tempo passar, já estava no fim da festa e ele a deixaria em casa, ( naquela época era seguro sair a noite com um desconhecido ). Na porta de seu partamento um ultimo beijo, o beijo da despedida, um beijo doce e amargo ao mesmo tempo. Porque sempre existe a despedida? Porque sempre tem que haver um final? Hm.. o final existep ara que o reencontro seja mais ardente e mais sensual cada vez mais provocante, entao nao fique triste pensado no porque acabou, sorria pensando que proxima vez sera muito melhor!

Felicidade simples? ou simples ser feliz?


“Pensar na vida é uma arte, os experientes chegam a ótimas conclussoes enquanto os inexperientes só atingem a loucura”

CaelKan um jovem acabado de se formar que não sabia se tinha feito escolhas certas na vida, e para tentar se encontrar começou a viajar, conhecer o mundo ver outras realidades, abrir minha mente vamos ver se assim me acalmo, foi assim que ele pensou quando pegou seus ultimos trocados entrou dentro de seu velho carro e saiu estrada a fora, depois de muitos dias de viagem e com seu dinheiro se esgotando, ele chega a uma velha cidadezinha, interios de poucos habitantes, uma cidade tão pequenina que a unica rua que a ligava com a extrada era um beco sem saida de um lado o comercio, do outro as poucas casas dos moradores, no centro uma praça e no fim da rua uma área bem cuidada, com muitas flores, caminhos de pedras, um riacho cortando suas terras e bem no meio uma enorme árvore, cheia de folhas verdes e balançando com a brisa, o vento carregava o cheiro de pureza e de terra molhada, passaros voavam ao seu redor, uma linda cena que convidava a qualquer um a sentar e apreciar, pensar e avaliar, justamente o que o jovem garoto estava atras. CaelKan estacionara o carro ao lado da praça e havia sentado em um banco que ficava de frente para o bosque. Por alguns instantes ele simplesmente ficara ali parado apreciando cada segundo doce que o tempo levava lentamente. Quando menos se deu conta estava pensando o porque estava tão perdido, o porque as coisas estavam tão confusas e o porque não cosneguia enteder o fato de não achar as respostas para as suas indagaçoes. Eram tantas perguntas que ele mal sabia por onde começar, não sabia o porque uma pessoa como ele teria tantos problemas, Jovem, filho de pais ricos, recem formado com louvor, tinha tudo que sempre desejava sem muito esforço, foi quando deu um lampejo e ele começou a pensar em que talvez seja esse o motivo, nunca havia batalhado por nada em sua vida, que sempre conseguiu tudo com facilidade, não tinha sabor em suas conquistas, no ápice de seus pensamentos ele lhe deu conta que uma jovem havia sentado ao seu lado, não sabia a quanto tempo ela estava ali e nem sabia como ela teria chegado sem ele notar, quando ela noto que ele finalmente havia se dado conta da presença dela, ela o olhou em seus olhos e com um leve sorriso disse:

- És jovem, saudavel o que fazes em uma cidade tao simples como está?

Olhando em seus olhos ele se sentiu estranho, os olhos dela era tão claros quanto o céu e ele se sentiu leve, não sabia como explicar, parece que sua mente conturbada e pessada cheia de perguntas sem respostas e duvidas havia simplesmente resetado. Depois de todas essas senssaçoes ele conseguiu responder a jovem garota.

- Não sei, simplesmente cancei de onde vivia, queria um lugar novo, para poder pensar refletir.

- Refletir? – perguntou ela. – Possui tantas coisas assim para refletir? Não parece ter grandes problemas.

- Mais tenho, não sei mais quem sou o que  tenho que fazer, não sinto mais o controle em minhas mãos e tudo que eu tinha certeza agora me são apenas duvidas e medos.

- Quem lhe disses que a vida tem que estar em um controle? Não a como controlar a vida, ela segue o fluxo que ela tem que levar.

- Não, sempre tive todo o controle em minhas mãos! Em minha cidade isso é normal as pessoas controlarem sua vida e saberem como viver.

- Estas errado – Disse ela rispidamente – De onde viestes as pessoas nao sabem viver, deixe-me lhe mostrar como a vida deve ser!

A jovem levantou e ergueu sua mão para ele, parecendo que o convidara para dançar. CaelKan lhe estendeu a mão e segurou a mão dela, como um raio ela o puxou para dentro do bosque. De frente para a entrada do bosque ela parou e disse para ele, que aquilo era um lugar sagrado que ele deveria respeitar qualquer tipo de vida que habitase aquele lugar. Ela o conduziu adentro do bosque lentamente depois que ele concordou com o que ela disse.
Lá dentro parecia um lugar totalmente novo, o ar leve, a brisa suave, o cheiro de flores ea sensaçao de estar flutuando tomaram seu corpo.

- Aqui a vida age como ela deve agir – a jovem dizia sem olhar para ele. – dentro desses portoes está a verdadeira forma de se viver, com simplicidade, com respeito, sem egoismo, sem desejar o mal, sem ambiçao, aqui você sempre tera tudo que precisas para viver.

- Não entendo! Como poderei viver aqui? Sem dinheiro, sem aonde comprar comida, sem uma casa!

- Não precisas disso para viver, alimento a natureza ira lhe servir, basta você olhar com atençao, arvores frutiferas lhe rodeiam, um riacho com peixes está a sua disposiçao, ervas e cogumelos brotam de todos os lados, não é necessario comprar, nao precisas de dinheiro, e uma casa como estás acostumado e futilidade, você só precisa de um local para descançar e isso as arvores podem lhe conceder.

O jovem perdido não entendia nada estava totalmente perdido, era muita coisa para sua mente, comoassim um jovem civilizado poderia viver sem nenhuma civilizaçao? Ele a olhava desnorteado.

- Entendo todas as suas duvidas e seus medos e sei quais são, você tem medo de ao ser aquilo que achava que estava pronto para ser e nem mesmo sabes se tudo o que você fez em sua vida realmente era necessario, se realmente era o que queria, e tudo o que tem agora não sabes mais se quer acha que tudo foi superficial e sem significado nenhum, estar perdido em um mundo que acreditas nao ser aquele que construiu para você, ou o que você queria.

Espantando, CaelKan finalmente entendeu o que sentia, finalmente lhe entendia e sabia o que queria agora para ele, queria aquela vida, queria ser aquilo que mostraram para ele, queria saber mais, muito mais!

- Me diga, Me diga mais, me mostre como eu posso ser assim o que eu tenho que fazer pra ter tudo isso!?

Seus olhos nao acreditavam n oque ele via, a jovem menina estava disaparecendo, flutuando e desaparecendo com a brisa. E antes de sumir completamente ela lhe disse:

- Nao pense tanto, aceite as coisas como elas são, e nao esqueça de viver a vida com simplicidade, não precisa de tudo o que estas acostumado para viver feliz, a felicidade se encontra nas coisas simples da vida, basta aprender a respeita-las. E você já tem tudo isso e agoras acredita em mim e eu nunca deixarei meu filho só. Serei sempre sua mãe basta acreditar no poder da natureza.

Jovem da cidade




Naquela noite CaelKan não conseguia dormir. Ligou a televisão, não gostou do que estava passando, desligou. Pegou o seu MP3, seu inseparável companheiro, nada de interessante. Resolveu ir à janela do quarto para apreciar o movimento da rua. Nada. A rua estava deserta. Era a primeira vez que ficava insone e aquilo o deixava nervoso. Nunca havia perdido o sono antes.


Um pouco mais adiante do edifício onde ele morava, ficava o cemitério, todo murado, sem iluminação e muito arborizado o que o deixava mais escuro ainda. Os olhos do jovem desviaram-se para lá. Olhava e pensava: “um dia estarei ali, no silêncio eterno...” e um arrepio percorreu seu corpo.


Ficou muito tempo olhando o cemitério. Viu as horas e pensou: “quase duas horas e nada de sono...”.


Caminhou pelo quarto, foi até a cozinha, voltou novamente à janela. Apagou a luz do quarto. Ficou ali, parado, pensamento distante quando de repente viu algo no cemitério que chamou sua atenção. Era uma luz, fraca é bem verdade, mas era uma luz, bem ali no meio das sepulturas. A princípio ficou com medo. Fechou a cortina e ficou olhando pela fresta. Mais uma luz apareceu. Já eram duas.Ficaram juntas e tremulantes como se um leve vento tentasse apagá-las. Mais outra e CaeKan pensou: “Minha Deusa, os mortos estão saindo da tumba...” Mesmo assim continuou na janela. Tremia.


As luzes foram aumentando, ele já não conseguia contá-las, só sabia que junto com elas vultos vestidos de negro faziam um ritual esquisito. Levantavam os braços, circulavam para lá e para cá, outros estavam sentados nos túmulos e de vez em quando saltavam para o chão. Ficavam em círculo como se estivessem rezando e rapidamente levantavam-se com os braços para cima como numa espécie de saudação. Vez por outra apareciam pequenos pontos luminosos seguidos de uma neblina branca. O homem pensou: “será a dança dos espíritos...!”


Lembrou de algumas histórias de terror que havia lido na juventude. O tempo corria. CaelKan olhou para o relógio, quatro e trinta da manhã e os mortos continuavam lá naquela espécie de orgia fantasmagórica.


Em um milésimo de segundo, as luzes sumiram e tudo voltou às escuras. O homem, ainda tremendo, ficou parado sem forças para se afastar da janela. Quando o fez foi para rezar e pedir a Deusa perdão pelos seus pecados. Talvez aquela aparição fosse um aviso para ele, pensava: - “preciso orar mais...”.


Quando o dia amanheceu, como sempre fazia, foi buscar pão e leite, e na padaria relatou aos amigos o que havia presenciado durante a madrugada. Todos riram, menos uma jovem que estava na fila para pagar o pão. Ela também havia visto aquilo da janela do seu quarto e não era a primeira vez. – “faz muito tempo que isso acontece, começa por volta das duas horas e vai até, mais ou menos, às quatro e meia da manhã” – disse ela. Nunca dissera nada para não ser tachada de louca, pois não dormia muito e ficava perambulando pela casa durante a madrugada.


No dia seguinte, mesmo morrendo de medo, lá estava CaelKan de prontidão na janela do quarto. Deitara-se bem cedinho, vinte horas e trinta minutos. Pusera o relógio para despertar às duas só para ver se os fantasmas saiam novamente para um novo ritual. Não deu outra. Tudo aconteceu como no dia anterior.


De manhã encontrou-se com a jovem na porta da padaria e comentaram o acontecido. E assim, por muitos dias, CaelKan tornou-se um madrugador só para ver a “farra dos mortos”.


A notícia espalhou-se pelo bairro. O responsável pelo cemitério foi comunicado.


CaelKan, já acostumado com aquele fato, lá estava à janela, na hora exata para ver a cena.


Os mortos foram chegando com suas luzes bruxuleantes, fizeram os mesmos movimentos; os que estavam em cima dos túmulos saltaram para chão, fizeram a rodinha, levantaram os braços, apareceram os pontinhos luminosos e a neblina, gesticularam. CaelKan já não sentia medo, habituara-se àquilo.


De repente, apareceram luzes diferentes, eram fortes. O homem arregalou os olhos e pensou: “tem fantasma novo na “farra”. Os novos “mortos” movimentavam-se com muita agilidade, como se estivessem apressados. Um dos antigos, com sua fraca luzinha, embrenhou-se pelo meio das tumbas sendo perseguido por um da luz forte, que o trouxe de volta ao grupo que formava uma fila indiana.


As tênues luzinhas já não estavam mais acesas. CaelKan, com o movimento das luzes fortes, percebeu que as roupas dos novos “mortos” eram de cor diferente das dos antigos. Ficou pensando: -“Minha Deusa, será que os mortos voltam?”.


Agora todos seguiam em procissão na direção da porta do cemitério e tudo voltou à escuridão. O jovem ainda ficou alguns segundos à janela, depois voltou para a cama e ficou remoendo seus pensamentos a respeito do que vira.


Quando adentrou à padaria, pela manhã, para pegar seu pão, o dono, com um risinho maroto, exclamou:


- CaelKan! Que bom que chegou. Sabe aqueles fantasmas que senhor vê, todas as madrugadas, lá no cemitério?


- O que tem? – perguntou o homem.


- Ora, não são mortos, nem fantasmas, nem nada do outro mundo. É o safado do Tamirio e a sua turma que pulam o muro do cemitério para armar a banca de jogos de azar e assim fugirem da polícia. Usam roupas escuras, as velas, que os parentes do mortos deixam nas campas e que não ardem totalmente, têm sacola de plástico de supermercado para recolher o lixo, tais como pontas de cigarros, papel, latas de cerveja e tudo mais. “Nada de pistas”, dizia Tamirio.


- Era um mini-cassino ao ar livre que rendia muito dinheiro ao malandro. Só que esta madrugada ele se deu mal. O administrador do cemitério ficou de campana e quando eles estavam no melhor do jogo, os “homens” chegaram. O contraventor bem que tentou fugir, mas foi agarrado pelo policial. Precisava ver a cara do salafrário e da sua turma quando foram pegos em flagrante. - Graças ao você, CaelKan, a justiça foi feita...


E o espanhol da padaria riu, até não poder mais, lembrando da primeira vez que CaelKan lhe contou que vira os mortos realizando uma verdadeira “farra”, de madrugada, no cemitério da cidade.


Na noite seguinte, no meio do cemiterio, as luzes vagavam novamente, era Tamirio andando pelo cemiterio ao encontro do padeiro da cidade.






- Padeiro, vem aqui me diz, aquele jovem que ficava nos vendo da janela já desistiu?






-Sim Tamirio, convenci ele que somos apenas jovens inconsequentes que faziam do cemiterio seu casino particular.






- Que bom padeiro iria odiar ter que parar de me divertir...Já moramos nesta cidade de mortos e esse jovem ainda quer acabar com nossa "Farra dos Mortos?!"

O que nasce no coração.



“Errados estam aqueles que pensam que somente na antiguidade haviam massacres!”

Eu vivenciei a pior das eras, uma era de horror e odios, falta de compaixao, e irracionalidade, quando as pessoas era imcompriencivas e não aceitavam a diferença.
Vim de uma época em que não havia regras, e as decissoes era tomadas pela maioria e essa maioria era totalmente influenciavel, entao no mundo sem regras ou você fazia parte ou você era morto, se perdeu o respeito pela vida. E nesta desordem uma mulher se levantou colocou as diferenças de lado, engoliu seu medo e deu seu corpo as dores, ela queria mostrar como a vida poderia ser diferente, bastava aprender a respeitar e ela assim deu seu primeiro passo. Iluminada por um sonho, ela quiz realiza-lo, em sua pequena aldeia separada do resto dos feudos dos castelos, ela se sentava embaixo da arvore mais antiga que ali existia, um carvalho de tão magnitude que sua sombra encobria o pequeno morro onde crescia, lá sentada ela conversava com as crianças, ensinava mostrava como poderia ser diferente, seus ensinamentos eram simples, mostrava o respeito pela natureza, e como utilizar as ervas para curar doenças, lhes dizia como a morte natural poderia ser bela, e que o mundo estava em um fluxo continuo, as crianças beberam de suas palavras e as colocaram em pratica, os adultos do vilarejo a escutam e a compreendiam,viam que sua filosofia fazia mais sentidos do que as que fora impostas a eles, entao naquela época surgiu uma forma de viver, respeitando tudo o que é vivo e apreciando quando eles se vão.
De boca a boca sua filosofia vou se espalhando, os mercadores que vinham em sua aldeia, ficavam sabendo do que eles faziam, acreditavam, participavam de suas comemoraçoes, de colheitas de fases das Luas, e quando iriam embora levavam seus novos conhecimentos alem das terras, para outros povoados, e assim surgia uma regra em um mundo desregrado, a regra do respeito. Mais os nobres das terras medias não entendiam, viam que seu poder estava diminuindo e isso os assustavam, o medo tomava conta deles, os faziam irracionais, e dominados pelo medo e a insegurança tomaram uma decissao radical, uma decissao brutal. Exterminio, quando nao podemos controla-los os matamos, pensamento do homem medieval, e assim esta aberta a destruiçao, a matansa e a destruiçao de vidas, só porque nao podem aceitar algo diferente. Depois de muito derramamento de sangue e vidas perdidas. Eles pensaram que tinha destruido a filosofia que ia contra seus principios, mais algo que és cultivado no coraçao das pessoas nao pode ser destruido tao facilmente, e depois de muito tempo adormecido sua filosofia ainda existe, e agora estas voltando no coraçao daqueles que acreditam.

Nascimento de uma mulher.


A véspera do nascimento de Vênus fora um dia violento. O firmamento, tingindo-se subitamente de um vermelho vítreo, enchera de espanto toda a Criação. Saturno, munido de sua foice, enfrentara o próprio pai, o Céu, num embate cruel pelo poder do Universo. Com um golpe certeiro, o jovem deus arrancara fora a genitália do pai, tornando-se o novo soberano do mundo. Um urro colossal varrera os céus, como o estrondo tremendo de um infinito trovão, quando o Céu fora atingido.
          O fecundo órgão do deus deposto, caindo do alto, mergulhara nas águas profundas, próximo à ilha de Chipre. Assim, o Céu, depois de haver fecundado incessantemente a TERRA — dando origem à estirpe dos DEUSES olímpicos -, fecundava agora, ainda que de maneira excêntrica e inesperada, o próprio Mar.
          Durante toda a noite o mar revolveu-se violentamente. A espuma do mar, unida ao sangue do deus caído, subia ao alto em grandes ondas, como se lançasse ao vento os seus leves e espumosos véus. Mas quando a Noite recolheu finalmente o seu grande manto estrelado, dando lugar à Aurora, que já tingia o firmamento com seus dedos cor-de-rosa, percebeu-se que as águas daquele mar pareciam agora outras, completamente diferentes.
          O borbulhar imenso das ondas anunciava que algo estava prestes a surgir.
          Das margens da ilha de Chipre, algumas ninfas, reunidas, apontavam, temerosas, para um trecho agitado do mar:
          — O mar está prestes a parir algo! — disse uma delas.
          — Será algum monstro pavoroso? — disse outra, temerosa.
         Mas nem bem o sol lançara sobre a pátina azulada do mar os seus primeiros raios, viu-se a espuma, que parecia subir das profundezas, cessar de borbulhar. Um grande silêncio pairou sobre tudo.
          — Sintam este perfume delicioso! — disse uma das ninfas.
          As outras, erguendo-se nas pontas dos pés, aspiraram a brisa fresca e olorosa que vinha do alto-mar. Nunca as flores daquela ilha haviam produzido um aroma tão penetrante e, ao mesmo tempo, tão discreto; tão doce e, ao mesmo tempo, tão provocante ; tão natural e, ao mesmo tempo, tão sofisticado.
          De repente, do ESPELHO sereno das águas — nunca, até então, o mar tivera aquela lisura perfeita de um grande lago adormecido — começou a elevar-se o corpo de alguém.
          — Vejam, é a cabeça de uma mulher! — gritou uma das ninfas.
          Sim, era uma bela cabeça — a mais bela cabeça feminina que a natureza pudera criar desde que o mundo abandonara a noite trevosa do Caos. Um rosto perfeito: os traços eram arredondados onde a beleza exigia que se arredondassem, aquilinos onde a audácia pedia que se afilassem e simétricos onde a harmonia exigia que se emparelhassem.
          O restante do corpo foi surgindo aos poucos: os ombros lisos e simétricos, os seios perfeitos e idênticos — tão iguais que nem o mais consumado artista saberia dizer qual era o modelo e qual a sua réplica perfeita. Sua cintura, com duas curvas perfeitas e fechadas, parecia talhada para realçar o umbigo perfeito, o qual acomodava delicadamente, como um encantador PINGENTE , uma minúscula e faiscante pérola. E, logo abaixo, um véu triangular — loiro e aveludado véu -, tecido com os mais delicados e dourados fios, agitava-se delicadamente, esbatido pela brisa da manhã. Nenhum humano podia saber ainda o que ele ocultava — seu segredo mais cobiçado, que somente a poucos seria revelado.
          Algumas aves marinhas surgiram, arrastando uma grande concha, a qual depositaram ao lado da deusa — sim, era uma deusa -, para que ela, como em um trono, se assentasse. Um marulhar de peixes saltitantes a cercava, enquanto golfinhos puxavam seu elegante carro aquático até as areias da praia cipriota.
          Nem bem a deusa colocara os pés na ilha, e toda ela verdejou e coloriu-se como nunca antes havia sido. Por onde ela passava, brotavam do próprio solo maços aromáticos de flores multicores, os pássaros todos entoavam um concerto de vozes perfeitamente harmoniosas e os animais quedavam-se sobre a relva com as cabeças pendidas, para receber o afago daquela mão alva e sedosa.
          — Quem é você, mulher mais que perfeita? — perguntou-lhe, finalmente, a ninfa que primeiro recuperara o dom da fala.
          — Sou aquela nascida da espuma do mar e do sêmen divino — respondeu a deusa, com uma voz cristalina e docemente áspera, envolta num hálito que superava em delícia ao de todas as flores que seus pés haviam feito brotar.
          No mesmo dia, a extraordinária notícia do nascimento de criatura tão bela chegou ao Olimpo, e os DEUSES ordenaram que as Horas e as Graças a fossem recepcionar. Ainda mais enfeitada pelas mãos destas caprichosas divindades, apresentou-se a nova deusa diante de seus pares no grandioso salão do Olimpo, sendo imediatamente acolhida e festejada pelos deuses. 
          
          Mas quando todos ainda se perguntavam quem seria, afinal, aquela criatura encantadora, um descuido — seria, mesmo? — pôs fim a todas as indagações. Pois o véu que a envolvia, descendo-lhe até os pés, revelara o que nenhum dos embelezamentos artificiais pudera antes realçar: a sua infinita beleza original.
          — E Vênus, sim, a mais bela das deusas! — disse o coro unânime das vozes.

Contos Da Lua


Neste mundo, a deusa é vista na lua, aquela que brilha na escuridão, aquela que traz a chuva que move as marés, a senhora dos mistérios. 

E, enquanto a lua cresce e mingua, e anda três noites no seu ciclo da escuridão, diz-se que a deusa, certa vez passou três noite no reino da morte. 

Pois, no amor, ela sempre busca seu outro lado e, uma vez no inverno do ano em que ele havia desaparecido da TERRA verde, ela o seguiu e chegou, finalmente, aos portões além dos quais os vivos não entram. 

O guardião do portão desafiou-a e desnudou-se de suas roupas e jóias, pois nada pode ser levado para aquela terra. 

Por AMOR ela estava aqui confinada como todos os que ali penetram, e foi conduzida à morte. 

Ele a amava e ajoelhou-se a seus pés, deu-lhe o beijo quíntuplo e disse: -Não retorne ao mundo dos vivos, mas permaneça aqui comigo e tenha paz, descanso e conforto. Mas ela respondeu:
-Por que você faz com que todas as coisas que amo e prezo murchem e morram?
-Senhora - disse ele -É destino de tudo que aquilo que vive morrer. Tudo passa, tudo se esvai. Eu trago CONFORTO e consolo para aqueles que cruzam os portões, para que possam rejuvenescer, mas você é o desejo do meu coração, não volte, fique aqui comigo. 

E ela ficou com ele durante três dias e três noites, e ao final da terceira noite, ela colocou sua coroa, que se tornou o diadema que ela colocou em seu pescoço, dizendo:
-Eis o circulo do renascimento. Através de você todos saem da vida, mas através de mim todos podem renascer novamente. Tudo passa tudo muda. Mesmo a morte não é eterna. Meu é o mistério do ventre, que é o caldeirão do renascimento. Penetre em mim e me conheça e estará liberto de todo o medo. Pois se a vida é somente uma passagem para a morte, a morte é somente uma passagem de volta para a vida e em mim, o círculo sempre gira. 

Amorável ele penetrou-a e assim renasceu para a vida. 

No entanto ele, é conhecido como senhor das sombras, o confortador e consolador, aquele que abre os portões, rei da TERRA da juventude, o que dá paz e descanso. 

Mas ela é a mãe de toda a vida; dela todas as coisas nascem e para ela devem retornar novamente. 

Nela estão todos os mistérios da morte e do renascimento; nela encontra-se a realização de todo o amor